Professor do Moura Lacerda, Alexandre de Sene Pinto publicou, recentemente, o artigo “Biology and Management of Pest Diabroticaspecies in South America” na revista científica suíça Insects, em colaboração com pesquisadores da Argentina, EUA e Brasil
O Curso de Agronomia do Centro Universitário Moura Lacerda, de Ribeirão Preto (SP), tem se destacado no Brasil e no exterior devido, em parte, às pesquisas científicas desenvolvidas pelo professor Alexandre de Sene Pinto, especialista em manejo e controle biológico de pragas. Um exemplo desta relevância foi a publicação, neste ano, do artigo “Biology and Management of Pest Diabroticaspecies in South America”, na revista científica suíça Insects (v. 11, no 421, 2020).
O material foi escrito em parceria com importantes cientistas – Crébio José Ávila e Dori Edson Nava, ambos do Brasil; Guillermo Cabrerawalsh, da Argentina; e Donald Weber, dos EUA. O artigo é uma revisão sobre a praga Diabrotica, que ataca culturas como hortaliças, soja, milho, batata, entre outras. “Esse encontro é antigo. Começou com a publicação do livro “Diabroticaspeciosa”, no Brasil, em 2016. É uma parceria importante, pois possibilita projetos em conjunto e amplia as fronteiras para os estágios dos nossos alunos”, ressaltou Sene Pinto.
Como a Diabrotica causa enormes prejuízos aos produtores há, portanto, muito interesse do mercado agrícola no desenvolvimento de projetos de combate a esta praga. “Os estudantes do Agronomia do Moura Lacerda têm se dedicado a projetos inéditos de controle à Diabrotica, que se destacam pelo mínimo impacto ao meio ambiente”, contou o professor.
O pesquisador lembrou, ainda, que as pesquisas dos alunos visam o controle dessa praga com fungos e bactérias aplicados com tecnologias inovadoras, de mínimo custo, no tratamento de mudas e sementes. “Temos alcançado destaque importante no cenário internacional”, disse.
A Insects é “Open Access”, ou de “Acesso Aberto”, termo que significa a disponibilização livre na Internet de cópias gratuitas de artigos de revistas científicas. E possui Fator de Impacto Internacional 2,21 – método usado para qualificar este tipo de publicação com base nas citações que recebe –, valor que vem aumentando em mais de 10% ao ano. “Ela é nova, mas o crescimento que apresenta logo a colocará entre as 50 melhores revistas científicas do mundo”, afirmou.
Covid- 19 e as perspectivas para a agricultura
Alexandre de Sene Pinto é otimista sobre os novos cenários e as perspectivas para agricultura pós-pandemia do novo coronavírus. “A Agronomia já criou muito conhecimento e tecnologias que ainda não foram aplicados, mas, devido ao que tem causado a Covid-19, certamente, isso será revisto, adaptado e colocado em prática nos próximos anos, contribuindo para a saída rápida da crise gerada”, ressaltou.
Exemplos são, justamente, os trabalhos gerados pelo Moura Lacerda no controle biológico de pragas. Para Sene Pinto, após a pandemia, a economia de recursos naturais, a menor emissão de carbono, a alimentação mais saudável e um ambiente menos impactado serão muito mais priorizados que antes e o controle biológico mostra aspectos muito positivos em relação a tudo o que foi destacado. “Se a Agronomia é a profissão do futuro, que já chegou, agora ela será o alicerce de uma sociedade melhor”, salientou o professor.